segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

HANDEBOL NO MARANHÃO

Leopoldo Gil Dulcio Vaz e José Maranhão Penha  

Origens
Em 1960, o Ministério da Educação e Cultura – MEC promoveu Cursos e Exames de Suficência em Educação Física, em São Luis, habilitando então professores da disciplina para o Sistema Escolar do Estado do MA. Este estágio coincidiu com apresentações de handebol em São Luis e possivelmente pela primeira vez no Maranhão pelos professores Luiz Gonzaga Braga e José Rosa, ambos da Escola Técnica Federal do Maranhão – ETFM, do Ensino Médio local, hoje representada pelo Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET. Situada na capital do Estado. 

Estes dois técnico esportivos pioneiros participavam dos Jogos Estudantis Brasileiros do Ensino Médio – JEBEM e ao serem avisados da introdução futura do handebol nas competições, fizeram um curso da modalidade no Rio de Janeiro - RJ e, ao retornar, realizaram treinamento com um grupo de alunos. No aniversário da Escola, em 23 de setembro de 1960, este grupo fez uma apresentação oficial da nova modalidade. Dentre outros, estavam os alunos Aldir Carvalho, José Geraldo de Mendonça, França, Aldemir Mesquita.

1972 - Credita-se também a Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo - o Prof. Dimas - a introdução do handebol no Maranhão, após assistir a competições da modalidade nos Jogos Estudantis Brasileiros - JEBs de Brasília. Ao retornar a São Luís introduz a modalidade nos Festival Esportivo da Juventude-FEJ / Jogos Estudantis do Maranhão-JEMs, idealizados por ele e Cláudio Vaz dos Santos - o Cláudio Alemão. A segunda escola a praticar o handebol foi o Colégio Batista “Daniel De LaTouche” do qual Dimas era também professor, muito embora o prof. Rubem Goulart (também professor da Escola Técnica, nesta época) já houvesse feito uma apresentação da modalidade naquela escola. Logo a seguir, foi organizada uma Escolinha de handebol no Ginásio Costa Rodrigues no Colégio Maranhense, dos irmãos Maristas. Em que pesem esses registros esparsos de pioneirismo, Dimas é geralmente considerado o grande responsável pelo desenvolvimento do handebol no Maranhão, juntamente com Laércio Elias Pereira, técnico professor de educação física, vindo de SP.

1973 - Neste ano, o Ministério de Educação e Cultura-MEC ministrou um curso de suficiência para formação de professores no Maranhão, em São Luis, tendo Ary Façanha de Sá – atleta olímpico do Maranhão em atletismo e funcionário do MEC - como coordenador. Diversos professores e técnicos participaram; as aulas que versaram sobre diversas modalidades esportivas. Por conta da falta de um dos professores, um antigo jogador de basquetebol da ex-seleção brasileira ministrou as aulas de handebol. Em um outro curso, durante o Governo Nunes Freire e estando como Coordenador de Esportes Cláudio Vaz dos Santos, houve a participação de uma equipe do Rio de Janeiro com três professores, com o objetivo de ensinar basquete tendo à frente o prof. Rui; no atletismo, o José Teles da Conceição; e no handebol, o professor Wilson.

1974 -  Em setembro deste ano inicia-se o aprendizado do handebol com o Prof. Laércio Elias Pereira transferido de São Paulo-SP para São Luis para atuar na Escola Técnica, e, a seguir, chegam outros professores e alguns atletas do mesmo Estado como Edivaldo Pereira – Biguá e Vicente Calderoni Filho – Viché. Com a chegada dos “paulistas” Laércio, Biguá, e Viché, o professor Dimas, compreendendo suas limitações técnicas, afasta-se do handebol, considerando sua missão cumprida, nessa modalidade. Data desta época a grande rivalidade do handebol maranhense entre o Colégio Batista e a Escola Técnica-CEFET, nascida da competição do Batista - base da seleção maranhense que foi aos JEBs - com a Escola Técnica, mais orientada para os JEMs. O primeiro técnico da Escola Técnica foi Aldemir Carvalho de Mesquita, posto assumido depois pelo Prof. Juarez Alves de Sousa e a seguir, pelo Laércio Elias Pereira. Esssta função foi assumida então pelo Prof. José Maranhão Penha, na qual permenece até a presente data.

Fontes: Entrevistas de Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo (Prof. Dimas) e Laércio Pereira.

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